segunda-feira, 5 de abril de 2010

Treinamento na barra

Devido ao princípio da especificidade do treinamento (você melhora mais quando treina fazendo a atividade propriamente dita) as barras, alicates, bolinhas de tênis, gravitron, etc... ajudam na escalada, mas o melhor mesmo é treinar escalando. O ganho no rendimento vária muito de indivíduo para indivíduo, levando-se em consideração diversos fatores, como nível de condicionamento, força muscular, etc...

Na falta de opções a barra é uma grande aliada para fortalecimento geral das musculaturas das costas e do biceps (parte da frente do braço). Estes são os principais grupamentos musculares trabalhados, os outros, como ombro, peitoral, triceps, antebraço, abdomem, etc... são trabalhados também, mas não atuam como motores secundários do exercício.

A barra tem muitas variações, vou citar algumas somente para ilustrar:

1 - Barra normal: com a palma da mão voltada para frente (posição da escalada), subir até o queixo passar da barra e retornar até completa extensão dos braços. Cuidado! Ao realizar a extensão completa você expõe um pouco mais os ligamentos do cotovelo, mas se for feito de forma lenta e gradativa, é muito difícil de ocorrer uma lesão. Não existe uma receita de bolo, do tipo: faça 3 séries de 10... na verdade depende da fase de treinamento e dos objetivos a serem atingidos...

2 - Barra 3 tempos: na mesma posição da anterior, sobe até em cima, volta em baixo, sobe até em cima, volta a 90º(braço em L), sobe até em cima, volta em baixo... e repete o ciclo... Está é uma pequena variação para trabalhar em uma angulação diferente.

3 - Barra "isométrica" - Sobe até em cima, segura 5 segundos, volta em baixo... sobe até em cima, retorna a 90º e segura 5 segundos, desce de novo... sobe até em cima, retorna até 120º (braço nem em L nem esticado, algo entre as 2 posições), segura 5 segundos e desce... repete o ciclo. Variação interessante, onde o músculo trabalha de forma isométrica (sem a variação no comprimento/angulação do músculo). Na prática acontece isto quando você vai costurar ou está descansando em uma agarra.

4 - Barra com sobrecarga - nada mais é do que fazer barras com algum peso extra preso ao corpo. A carga irá também variar de acordo com a fase e o ciclo do treinamento que você estiver. Normalmente é utilizada no momento em que se está trabalhando a força máxima. Um detalhe importante, é como colocar este peso. Não deve se utilizar uma mochila cheia de coisas, pois prejudica a postura na hora do exercício. Uma boa opção são aquelas caneleiras de academia. Se imendar duas, dá para serem presas no quadril (melhor opção). Se não tiver como, coloca na canela mesmo.

5 - Barra com uma mão - A primeira impressão que se tem é: impossível fazer isto, coisa para os monstros da escalada. Mas com treino uma pessoa "normal" consegue fazer. Uma sugestão de adquirir a técnica e a força necessária para tal "proeza" é amarrar uma corda com vários nós em uma das pontas da barra, como naquelas cordas para subida. No princípio você começa com uma das mãos no primeiro nó (mais próximo da barra), a medida que for evoluindo, passa para o nó de baixo, e assim sucessivamente. Obviamente a mão que está segurando a barra é o lado que se está trabalhando mais. Quando assustar você está conseguindo fazer barra segurando bem embaixo na corda, que é praticamente só com o braço que está segurando a barra. Importantíssimo: A tendência natural é o lado dominante (direito para pessoas normais, e esquerdo para canhotos) ser mais forte, e por isso tendemos a tentar fazer este tipo de exercício utilizando-o. Nunca faça o exercício somente com o braço mais forte segurando na barra, você pode causar um desequilibrio muscular ainda maior entre as musculaturas esquerda e direita.

Outras variações dizem respeito a pegada mais aberta ou mais fechada na barra, mão em pronação ou supinação (virada para trás ou para frente), barra na frente, barra atrás, etc... o que muda neste caso é a musculatura que será utilizada. Mas as variações são quase as mesmas.

Uma dúvida constante é sobre a posição dos pés/pernas durante as barras. Basta pensar de maneira simples: o peso do corpo não diminui quando dobramos as pernas ou as cruzamos, logo a diferença não é tão significativa em termos gerais. Existem algumas pequenas modificações biomecânicas, mas que não valem ser citadas aqui.

Estas são apenas algumas variações do exercício conhecido como barra. O ideal ao se pensar em treinamento é procurar alguém capacitado a prescrever os exercícios, que normalmente é o professor de educação física. A única exceção para procurar fisioterapeutas é se você tiver uma lesão e estiver tratando-a. Baseie-se no princípio de que profissionais de educação física trabalham com pessoas saudáveis, e profissionais de fisioterapia trabalham com pessoas doentes.


fonte: http://blogdescalada.blogspot.com/2009/03/treinamento-na-barra-para-escalada.html

segunda-feira, 29 de março de 2010

Telão na Pedreira










Como já é de costume, final de mês é dia de evento na pedreira e, nesta próxima terça-feira (30/03) acontecerá mais uma noite de filmes na Pedreira de Contagem. Contamos com a imensa boa vontade de nosso amigo escalador Marcão, que disponibilizará o telão e toda a infraesrtutura para exibição dos filmes, portanto vamos fazer nossa parte como tele-espectadores e comparecer em peso no evento.

E mais uma vez parabéns pela iniciativa do evento.


segunda-feira, 22 de março de 2010

"E as vias da Lapinha?"

"E as vias da Lapinha?" é um documentário sobre escalada na região da Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa - MG, para quem teve oportunidade, e para quem ainda tem esperanças de escalar no primeiro campo escola de MG, vale a pena conferir a exibição do curta, que será no dia 24 de março, as 21:15, no Savassi Cineclub, na rua Levindo Lopes 358, Savassi- BH.

O documentário é fruto de um trabalho de 9 meses e tem entrevistas com os escaladores pioneiros na região, representante da prefeitura municipal de Lagoa Santa, que foi autora do decreto proibindo a pratica de escalada no local, representante do IEF - MG, hoje gestor da area e tambem outras autoridades do meio...alem de imagens do local.

Produçao do video: Aulus Baia Walfried Weissmann













Fonte: http://blogdescalada.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de março de 2010

CBME vem a Minas discutir proibições em parques

Vários Clubes e Federações de montanhismo do Brasil se reuniram em Ouro Preto – MG, nos dias 11 e 12 de março, para discutir com o Instituto Estadual de Florestas a questão do uso público das Unidades de Conservação em Minas.

Minas Gerais é o que mais tem problemas com proibições na escalada dentro de Parques Estaduais, que são dirigidos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Locais famosos como a Gruta da Lapinha, Gruta do Baú e Gruta do Rei do Mato, sofrem com este problema.

Tentando contornar estas regras e mostrar que a escalada é uma atividade pouco impactante e que existe um histórico de casos no Brasil em que escaladores foram responsáveis pela conservação da paisagem em áreas naturais e inclusive responsáveis pela criação de novas UC´s, a CBME veio a Ouro Preto reunir-se com representantes do IEF para dialogar sobre estes problemas e propor soluções contra as restrições ao esporte que dificultam o desenvolvimento da cultura do Montanhismo em Minas e Brasil.

Estava presente o escalador e diretor de biodiversidade e de Unidades de Conservação do INEA-RJ André Ilha, que vem trabalhando a favor da conservação da natureza e que apresentarou sua boa experiência na gestão do Parque Estadual dos Três Picos em Nova Friburgo, onde o diretor e também escalador, Sérgio Poyares, tem conseguido manter a escalada sem problemas ambientais e administrativos no parque.

Participaram também Luís Monteiro, Edgardo Abreu, Pedro Leite da Associação mineira de Escalada (AME) e Leandro Reis da FEMEMG apresentando os trabalhos de regulamentação e organização realizados em UC´s pela AME e Delson Queiroz, Coordenador do GT-Acesso às Montanhas da FEMERJ, apresentando o Programas de Acesso às Montanhas no Rio de Janeiro.

Também esteve presente a bióloga e escaladora Kátia Torres (Coordenadora Geral de Pesquisa/ ICMBio), que explanou sobre as bases para o manejo de escaladas em Unidades de Conservação.

Pelo lado do ICMbio e IEF mineiro, houve a presença de Ricardo Araújo (Coordenador Geral de Visitação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio), Nádia Araújo (Diretora de Áreas Protegidas do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais/IEF-MG) e Jose Carlos Carvalho (Secretário de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais). Além deles, a professora de arqueologia da UFMG Alenice Baeta, que mostrou o problema do manejo arqueológico em Unidades de Conservação.

Além do problema da escalada dentro das UC´s, foi abordado a questão do montanhismo. O diretor do Parque Nacional de Serra dos Órgãos, Ernesto Viveiros de Castro, mostrou sua experiência na normatização nos procedimentos para autorização de escaladas, travessias e esportes de aventura no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que vem mostrando um bom exemplo na gestão dos esportes de aventura em seu interior sem agredir a natureza.

Existe uma grande expectativa sobre este seminário. Há pessoas excelentes a favor de uma liberação com um manejo adequado e boas experiências a favor do montanhismo e escalada. A CBME tem ótimos programas contra a degradação do meio ambiente em áreas naturais, como o 'Pega Leve' e o 'Adote uma Montanha'. Os principais nomes do IEF mineiro estavam presentes para enfim conhecerem a organização do montanhismo, sua história e luta pela conservação e também para receber as críticas e as propostas do modelo de gestão de Unidades de Conservação de Minas Gerais.

O lado negativo deste encontro, é que o Estado de Minas históricamente se mostra contra as idéias conservacionistas de adminstrar Unidades de Conservação, mostrando uma preferência ao modelo “Preservacionista” que presa a manutenção estética da paisagem natural primitiva, ou seja, esta filosofia enxerga com maus olhos a presença humana em áreas naturais.

Quase todos os exemplos Conservacionistas no Brasil vem do Estado do Rio de Janeiro, o que faz que a maior esperança para a liberação da escalada nestas “mecas' do esporte em Minas Gerais é na verdade uma exceção, já que diversos outros Estados, como Paraná, Rio Grande do Sul e Espirito Santo, os parques que tem infra estrutura proíbem a prática de esportes de aventura, como o montanhismo e escalada.

Apesar do evento ser de grande importância para a comunidade de escaladores do Brasil inteiro, o Seminário foi fechado ao público.


Fonte: http://www.altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=2173

sexta-feira, 5 de março de 2010

The Season TV

Mais um site com videos sobre esportes outdoor, o site http://www.theseasontv.com/ esta produzindo periodicamente documentários com esportistas e já está com 7 episódios no ar.

Os documentários estão em inglês, mas as imagens falam por si só, vale a pena dar uma conferida.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nova via na Pedreira

Mais uma via conquista na padreira para os escaladores mais graudos.

Ainda não foi definido nome nem grau, mas segundo o escalador Alex, a via é bem técnica e o grau sugerido por ele é de um 8B pra cima. Abaixo fotos do escalador Alex trabalhando na via.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Como cuidar e carregar sua mochila

As mochilas geralmente agüentam as adversidades encontradas em atividades ao ar livre. Porém, são necessários alguns cuidados e manutenção, para que sua companheira de aventuras dure por muito tempo. Veja abaixo algumas dicas:

1. Acondicione com cuidado os itens com pontas, como fogareiros e material de cozinha. Caso contrário, mesmo que não sejam afiadas, estas extremidades podem provocar furos em sua mochila.

2. Remova restos de comida e migalhas de sua mochila, pois o odor destes petiscos pode atrair animais e proliferar microorganismos, que acabam por estragar o tecido da mochila. Acondicione a comida em sacos plásticos antes de colocar na mochila, pois o cheiro pode atrair animais, mesmo não tendo mais comida na mochila.

3. Após cada caminhada, limpe bem sua mochila, esvaziando e sacudindo todos os compartimentos. Caso ela esteja realmente suja e precise de um banho, lave-a com cuidado, lembrando sempre de não esfregar o lado de dentro. Isso pode danificar o revestimento de PU, fazendo com que qualquer chuvinha molhe o interior da mochila. Por fora, esfregue com esponja ou escova macia, usando sabão neutro. Deixe secar à sombra, pois os raios UV do sol podem danificar o tecido.

4. Use sempre a capa de chuva da mochila, mesmo quando não estiver chovendo. Ela irá proteger a mochila contra sujeiras e arranhões. Afinal, é mais barato comprar uma capa nova do que uma mochila nova!

5. Guarde sua mochila em local seco, fresco e arejado, para evitar a proliferação de fungos, que podem danificar o revestimento interno de PU.

6. Quando você for levantar uma mochila cheia, pegue pelas duas alças simultaneamente, para não causar sobrecarga. O loop entre as alças também pode ser usado.

7. Não aperte demais as tiras de compressão. Isso vai causar esforço desnecessário nas costuras.

8. Cuide dos zíperes. Limpe-os, lubrifique-os com silicone em spray e não dê puxões fortes. Apare sempre os fios soltos do tecido, para que eles não se prendam no zíper.

9. Mantenha as fivelas presas para que, se forem pisadas, não sejam danificadas.

Como carregar sua mochila

Para maior conforto ao carregar sua mochila, o peso deve estar colocado no local certo, e os ajustes feitos da forma apropriada. O saco de dormir deve ficar no compartimento inferior da mochila, e os itens pesados, junto às costas do usuário. Objetos pequenos devem ser colcados na tampa da mochila, para que o acesso seja facilitado. Para carregar mais fácil, tente colocar o centro de gravidade da mochila entre seus ombros.

[1] afrouxe todas as tiras. Ponha a mochila nos ombros, a barrigueira no lugar e aperte. O meio da barrigueira deve ficar sobre os ossos da bacia, e não acima, para não apertar o estômago.

[2] Ajuste as tiras das alças mas não aperte muito, pois o peso não deve ser deslocado para os ombros. A maior parte do peso deve ser carregado pela barrigueira.

[3] Em mochilas que tenham o Vari-Quick, sistema que permite um ajuste rápido do tamanho das costas, verifique a altura das alças da mochila.

[4] As tiras estabilizadoras (cinzas) devem estar sobre a clavícula. Para ajustar as alças e chegar nesta posição, solte o velcro do sistema Vari-Quick e desloque-as para um ponto de ajuste, acima ou abaixo. Depois, fixe o velcro de novo. Com um ajuste adequado, as alças seguirão corretamente a curvatura de seus ombros.

[5] Depois, aperte as tiras estabilizadoras dos ombros e as da barrigueira, para trazer o centro de massa da mochila para junto de seu corpo. O ajuste deve ser mais apertado quando em terreno acidentado, com muitas subidas e descidas, e mais frouxo, quando em terreno plano ou para promover uma melhor ventilação nas costas.

[6] Para finalizar, feche a fivela da tira peitoral, e boa caminhada!